sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Em resposta.

Algumas vezes mesmo lendo algo que você SABE que não é para você não da uma vontadezinha de responder? Não porque tenha uma boa resposta, ou porque acha que a solução dos problemas se resumem as suas palavras... Mas só para responder, talvez para poder fazer de conta que eram pra você as palavras, pois mesmo que negativas, mesmo que ofensivas, eram PARA VOCÊ.

Ai vai uma resposta que não sei ainda o por que estou dando... Mas vamos lá neh?

Eu realmente espero que você pare com essas historias, que seus dias passem a valer mais a pena e que aproveite ao seu modo as coisas que lhe aparecem pela frente, ao inves de apenas menosprezar todas as coisas que encontra no caminho. Que esses rostos pintados que você vê por ai possam te significar mais, como já significaram e te fizeram rir ou chorar, mas te fizeram ve-los como quase ninguem podia, além do pó e da maquiagem, além dos sorrisos e brincadeiras, da imobilidade ou da maleabilidade dos corpos vestidos de carne e pele.
Eu sei que você poderia usar alguem. Eu sei que você poderia usar qualquer um aliás. Eu sei que poderia ser alguem como eu (ou ele?), eu sei que poderia ser alguem parecido, que sabe tudo que eu sei, e faz tudo que eu faço, mas duvido que faça DO MESMO JEITO que eu faço, e que te olhe disfarçado como eu, que te conheça a cada poro de tanto tempo amante disfarçado do outro lado da sala como eu, como nós?
É cedo quando você levanta, a essa hora eu estou me preparando para tentar dormir (de novo), já que são quase 7h30 da manhã e é hora de descançar pelo menos o que sobra da mente depois da noite inteira planejando o que não será. Enquanto isso você se dilacera é salta, se joga e se contorce, em linhas retas e angulosas, em curvas lindas e deslizantes, cada passo, cada número um ataque, um estilhaço arremessado contra a cara de quem vê sua guerra pessoal, seu embate com tua poesia física, com teu corpo artesão de si mesmo. Mas não é por isso que te noto. É pelo teu silêncio, é pelo transpirar, é pelo seu cabelo que sai do lugar, é pelo jeito estranho que se levanta para enxugar as pernas molhadas de refrigerante, é pelo sorriso não calculado que te faz ruborizar, é pelo olhat trocado na frente do carro, é pela mão quente atrás do pescoço, é pelo dia seguinte em que sou retalhado, é pelo desprezo pelo texto enviado, é por dias a fio lembrando da espera, é a espera. Te vejo em abril, te vejo junho, te vejo em agosto, não sei se novembro, não quero esse janeiro.
Não quero alguem como você, e você não precisa de alguem como eu. Não quero alguem como você, e você não precisa de alguem como eu. Tenho andando por ai menosprezando todas as grandes coisas que encontro, porque no final do dia ainda preciso de você, e ainda acho que vc quer alguem como eu.

PS: Em resposta a King of Leon.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Apatia.

As vezes posso jurar que em dias como esses sou acometido por uma apatia que poucas pessoas podem provar durante toda sua vida. Me deitei as 22h do dia 2 de janeiro. Exatas 2h58 acordo, fico na cama o máximo possivel, pelo menos o máximo que o desespero por uma gole de água me permite. Parto em direção a cozinha escorando o ombro esquerdo na parede do corredor. Ombro/parede, mão/balcão, copo. Deitado novamente, televisao. Vejo dois filmes, mas mal olho a televisão do quarto, tanto é verdade que nem me lembro quais eram os filmes... Acho que um deles era o "Corra que a policia vem ai", só para ter maior noção do desespero que era estar acordado. Reviro na cama até as 7h da manhã. Sono. Acordo novamente ao meio dia, tomar remédios, escovar os dentes, almoço, escovar os dentes. QUem sabe é hora de fazer algo. Volto para a cama. Record, KARATE KID. Esforços para ver o filme o máximo possivel. Sono. Acordo as 19h20, rolo na cama, me arrasto ateh o banheiro onde me surpreendo com as formas do meu cabelo e minha barba, que deveria ter sido feita a no MINIMO tres dias atrás, já que era reveillon. Lavo rosto, molho as costas na pia do banheiro mesmo (calor). Caminho em direção ao outro quarto, computador. Assuntos, jogos, tudo posto em dia. Fuga cotidiana executavel TERMINADA. De volta para a cama, no caminha um lanche. Pão frances e queijo. Basta. Dores na garganta, lembranças despresiveis, sonhos acordado e finalmente sono.