domingo, 13 de dezembro de 2009
Mudanças
No meio de tudo isso encontro você/vocês/ela/elas, sem saber ao certo qual é a sua foto/cara/corpo/desejo. Escolho imagens especificas, desejo dias eternos, troco de cartas com o vizinho e termino o dia deitado na cama de não sei onde esquecendo qualquer ligação com você que é aquela que eu nem sei quem é. E me confundo mais ainda com a possibilidade de ela ser você, de estar na SUA cama, de acordar sem saber onde você mora, mesmo tendo ido a sua casa ver TV, comer foundi, dormir a tarde toda, fazer nada e te olhar sorrir, brigar só para fazer as pases, descobrir que capitulo cai na prova.
Não sei se te encontro em mim ou me perco no caminho que escolhi, só sei que essa confusão não acaba, que não vejo ao certo como termina essa/essas historia/historias/estorias, não sei se quero o cheiro bom dos lençois, a fumaça do teu cigarro, o carinho dos teus dedos longos ou dias e noites esperando você chegar.
Só um texto.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Como eu dizia antes...
Ai em baixo só um trecho de uma carta não enviada (ainda bem).
"Eu realmente as vezes me esforço pra te odiar, e adivinhe só, as vezes eu consigo... E cada dia que passa tem se tornado uma tarefa menos difícil.
Meu único problema é que a cada dia que te odeio um pouco mais, penso um pouco mais nos poucos minutos que tivemos, no toque delicado dos teus dedos no meu rosto, nos teus lábios que beijam devagar, nos teus olhos brilhantes espantados quando me viram te beijar.
E cada vez que me lembro disso, te quero um pouco mais, quero não perder o toque, a boca, os olhos. Cada palavra digitada um silêncio a mais do outro lado. A cada olhar não trocado mais uma esperança alimentada, a cada noite perdida esperando seu nome aparecer juntos aos outros tantos do MSN mais um sonho bom, provavelmente maior e mais longo que os poucos momentos que tive com você.
Espero-te ausente nos ensaios para ver se pelo menos a admiração diminui, espero ver seus erros pelo espelho, e você simplesmente me desaponta, PERFEITA. Só quero teu melhor, só teu sorriso lindo vindo dessa boca pequena, só o maior brilho desses olhos perfeitamente negros, só a maior precisão e perfeição de todo o resto do teu corpo moreno, mas só esses dias, me deixe te odiar, porque só assim te sinto mais perto, mais possível, mais aqui e menos ali. Pra longe do meu lado."
É por isso que não mando, sacou?! BREGAAAAA...
o/
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Acaso
Eu quero a faca punho dos teus olhos cortando a carne tremula do meu corpo
Quero o cheiro dos cigarros e o suco de laranja mecanica entre nós dois
Quero mais pele e menos verbo.
Dê-me teus socos e não teus silêncios
Prefiro a risada cinica ao acaso efemero
Quero brigas torridas, copos quebrados, queimaduras de cigarro, o escarro nas palavras
a falta de acentuação e sentenças erradas.
O gosto gasto do seu corpo suado.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
As cartas que não envio
As vezes são cartas de ódio, as vezes simples desabafos, muitas apenas contando coisas sobre mim ou meus dias, em geral, egocentricas.
Eu não envio essas cartas, nunca, são para os outros mas são mais minhas do que tudo, antes de terem sido escritas para serem lidas elas foram escritas para ser tiradas do cerebro já cheio, é minha aspirina, terapia, eletrochoque, automutilação, masturbação, passatempo, é meu jeito de dizer a mim que não.
Um post TOTALMENTE sem finalidade... Sem porque, apenas pelo post. Acho que é a primeira carta que escreve e coloco em algum lugar. Não espero que o destinatário a receba.
Dias cheios, noites longas, uma hora a menos, um roxo a mais, uma tarde no camarim e olhos pretos.
trilha: PLACEBO - Black Eye
domingo, 4 de outubro de 2009
Psicossomatismo
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Um tanto quanto...
Cansado...
Cansado...
Cansado..
Cansad..
Cansad.
Cansa.
Cansa.
Cans
Can
Ca
C
.
sábado, 19 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
Long night.
Um noite curta demais para resumir uma longo jornada para chegar lá. O tempo é uma criança... quando menos se espera ele sai correndo...
=P
o/
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Paciência ao menos.
Volte para sua vida, sua corte, ses dias intermináveis e suas noite imemoraveis. E quando tudo isso tiver passado, quando cada dia desses for uma boa lembrança e a marca de um sorriso dado no teu rosto já não tão novo despreparado, se aconchegue em meus braços mais uma vez, então deixe-me ver se ainda tem aquele brilho no olhar, aquele jeito de falar, o toque que me fazia lembrar dos dias felizes da época que encontrei o seu lugar em mim.
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
São dois?
E a vida... AAH A VIDA nos prega peças não é mesmo? E eis que essas historias, esses dias maravilhosos (tom de sarcasmo) um dia ganham o espaço (mas não necessáriamente o tempo) e justamente dentro do meu RIM. Pois siim, PEDRAS NOS RINS, no direito, para ser mais preciso.
No dia do diagnostico confesso que (talvez pela dor) eu realmente me questionei se sabia o que eram so rins. Onde ficavam, para que serviam, QUANTOS ERAM. Eram 2 ou apenas 1 mamãe? Me diz, são dois ou apenas um? Afinal apenas um me doia, e COMO o fazia BEM. impressionante a capacidade de doer que um rim tem, praticamente uma vocação.
Agora some a essa situação "peculiar" e incomum a minha vida a outro mais insolita ainda. Começo a dar aulas de Expressão Corporal na cidade de NIPÕA... Diga-se de passagem, e aqui tenho coragem de assumir, que talvez eu mal saiba exatamento do que se trata a expressão corporal, tendo em vista que minha breve formação academica me proporcional o desenvolvimento da tal mas de forma alguma tenho condições de afirmar com plena certeza minhas capacidades de ministrante de um curso assaz especifico para um público NEM UM POUCO específico. MAS MESMO ASSIm, rumei em direção a pequena futura metropole, e chegando lá me deparo com uma grande sala (quadra poli-esportiva, seja lá como se escreve isso) LIMPA e vazia. O vazia realmente não me espanta.. MAS LIMPA, jamais imaginei que isso aconteceria ALI. Mas ok.
Após esperar aproximados 50 minutos desisto e rumo em direção a porta do recinto. Ao longe vejo um silhueta simpática se aproximando, aos poucos se configura um olhar simpático e curioso - Oi, você que é o professor?- resposta positiva. A unica que compareceu, e com 50min de atraso. TUDO bem. Conversamos e decidimos para o bem de todos os interessados que as aulas seriam realizadas nos FINAIS DE SEMANA, mais especificamente aos SÁBADOS.
No sabado seguinte, após suada negociação com os orgãos governamentais responsaveis pela oficina, rumo novamente entre caminhões de cana e paus de arara a nada aprazivel cidade.
Um salão fechado. Vinte minutos de espera e finalmente aparecem DUAS aulas (já dobrouuuuu) e duas freiras... Todas pertencentes ao grupo de teatro da igreja local, experienteees com teatro, provavelmente se apresentaram mais do que eu se duvidar, levando em consideração a agenda de apresentações debatida pelas meninas em questão.
Nesse episódio, julgo que aprendi uma lição muito util para meu futuro como arte-educador. Quem manda é o CLERO. As freiras ficaram de arrumar dois carros de som e panfletagem para divulgação da oficinaaaaaa, e mais... Irão convencer o Padre a divulga-la NO FIM DA MISSA DE DOMINGO A NOITEEEEEE (a que bomba os jovens).
Se quer sucesso, vá de encontro a Deus.
E meus rins seguem doendo. Sempre um pouco mais.
o/
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Eu sou um despovoador
despovoador
des-pref (lat dis ou de+ex) 1 Exprime a idéia de afastamento, privação, ação contrária, negação: descascar, destoucar, desdar, desnecessário. 2 Às vezes, constitui prefixo de intensidade ou reforço: desaliviar, desfear, desinquieto, deslasso.
povoadorpo.vo.a.doradj+sm (povoar+dor2) Que, ou o que povoa, ou funda uma povoação; colonizador; colono.
des.po.vo.a.doradj+sm (despovoar+dor2) Que, ou o que despovoa.
- O que afasta; isola, torna inóspito; torna inábitavel; superfície concava habitada por homens, mulheres, crianças e velhos onde cada corpo busca por seu despovoador. Aproximadamente cinquenta metros de circunferencia e dezesseis de altura. Oitenta mil centimetros quadrados. O arquejo que agita. Temperatura depende da respiração que varia de mais quente a mais frio. Ela passa de um extremo para outro em aproximadamente quatro segundos (com uma respiração mais lenta). Momentos esses que coincidem com os momentos em que as luzes se acalmam e todos se imobilizam no chão. As consequencias desse clima para a pele: ela se apergaminha. Os corpos se rossam com o ruido de folhas secas. Um beijo produz um som indescritivel. As paredes (de borracha dura) mesmo golpeados com fortes chutes, socos e cabeçadas quase não soam. O unico ruido digno desse nome provêm das escadas e do choque dos corpos entre si ou de um só consigo mesmo, como quando derrepente um deles com toda a força bate em seu proprio peito.
(trecho inspirado na obra "O Despovoador" de Samuel Beckett)
sábado, 1 de agosto de 2009
Esperando Godot - Samuel Beckett
Veja só! (ergue pelo talo o que sobrou da cenoura e faz girar oresto diante dos olhos) Que engraçado, quanto mais vai, pior fica.
Vladimir
Comigo é o contrário.
Estragon
O que quer dizer isto?
Vladimir
Vou me acostumando aos poucos.
Estragon
(depois de pensar bastante) E isso é o contrário?
Vladimir
Questão de temperamento.
Estragon
De caráter.
Vladimir
Não tem jeito
Estragon
Não adianta debater
Vladimir
Somos o que somos.
Estragon
Não adianta de contorcer.
Vladimir
Pau que nasce torto...
Estragon
Nada a fazer. (Oferece o resto da cenoura a Vladimir) Quer matar?
quinta-feira, 30 de julho de 2009
I'm fine
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Fim do FIT
Faltou, ainda faltou. Ainda faltou um pedaço.Parte incompleta, faltou os graves ao fundo, faltou a voz, faltou o dia, faltou "A" noite.
Sem refrão, só verso, incerto.
Sem rima.
Só som.
Ainda me falta um refrão...
PS: isso não é uma música ok?
sábado, 18 de julho de 2009
Eu ando tão down...
sábado, 11 de julho de 2009
Vinho chileno.
Tudo que penso é em poder gritar, bater, quebrar, chorar, dizer, talvez rir. Pensar em algo interessante, passear com os olhos de um lado a outro da rua, acompanhar o movimentos dos carros, ignorar a conversa bem a minha frente. Um turbilhão de imagens, brainstorm, cada dia, cada momentos, cada lembrança boa e ruim me vem a cabeça como um filme expressionista alemão.
Atrevesso a rua, o orelhão funciona mau, tenho que tentar a mesma ligação três vezes até que me entendam.
De volta para casa, banho, pão, coca-cola, internet, sua fotos, na cabeça a imagem e cheiro do vinho que eu não tomei.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Sorte.
Eu não tenho sorte alguma. Nem jamais tive sorte alguma. Exceto n'aquelas bizarras situações que já me são tão familiares, de certa forma, onde ter sorte significa ser acometido por um azar que não o deixa passar despercebido. A exemplo do dia em que eu, ainda um rapazolo de não mais do que quinze anos, fui a uma "quermece"(?) com meus pais e avós. Lá estando me instalei ,como todo jovem afável, ao lado de meus pais, afim de não ser percebido por ninguém naquele recinto rico de todos os arquétipos da 3ª idade.
Cada um de nós ao adentrar aquele recinto recebeu um pequeno papelete com alguns números, provavelmente digitas em máquina de escrecer (uma raridade). De imediato percebi do que se tratava e em poucos minutos meu palpite se confirmara na forma de uma voz grosso que tinha como origem as caixas de som já xiadas e estouradas do recinto.
32, 45, 27, 01, 04. E foi então, com um grito de alegria, que meu avô projeta com as mãos meus cotovelos para o alto e exclamava em alto e bom som a fatídica palavrinha: BINGO!
E sobe ao palco aquela figura cabeluda, mais parecendo ser oriunda de um show do Led Zeppelin, em busca de seu frango assado de direito. Eu.
Minutos depois, o susto já superado e recomeça a carnificina. Surge em minhas mãos mais um dos malditos papeizinhos, desta vez quem me entrega o fardo é (provavelmente) minha irmã, pois tinha coisas mais importantes para fazer do que ficar ali, perdendo no bingo.
São entregues outros dois frangos assados, chega ao fim aquele momento de tensão e medo. Mas, como premio surpresa da noite serão sortiadas 2 televisões e um quadro pintado por... Não importa o gentilico, apenas importa que mais uma vez a familia toda sorri e me olha com olhos orgulhosos, afinal lá estava eu subindo novamente aqueles degraus longos em busca do meu maravilhoso quadro retratando uma paisagem inesistente, de um tempo que não vivi, e de autores que jamais voltaria a ouvir falar.
Esse foi o primeiro episódio que me veio a cabeça e que confirma minha afirmação do inicio do texto. Eu não tenho sorte alguma. Jamais tive sorte alguma. Provavelmente jamais terei sorte alguma. Não posso nem dizer que sou azarado, pois seria sorte ser apenas azarado.
Sem mais por enquanto. Ei de me recolher aos lençois perfumados de meu leito.
Amplexos.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
dia 06/07
Homero: Bruno por que você não enfia essa BUCETA (aponta para a caixa de som) no porta malas?
Bruno: (penalizado)Clarissa, você vai ter que ir no porta malas.
[ riso geral ]
Fim.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Se aproxime com amor e terá como resposta...
As vezes me pego observando alguem que caminha com um cigarro entre os dedos e a impressão eh que aquele cigarro me ocuparia os vãos dos dedos, além dos vãos das horas, o tempo e o espaço. A fumaça se espalha onde quer que esteja e a breviedade do ato muito me interessa... Não ser preenchido, estar preenchido.Ou seria repleto? Ou seria pleno? Ou seria assim mesmo...
Igual.
Um teste.
SOM!!! Vlw...